Sargento da reserva dá voz de prisão a funcionários da UTI no Hospital de Base

Um caso polêmico marcou a noite de terça-feira no Hospital de Base do Distrito Federal. Um sargento da reserva do Corpo de Bombeiros Militar do DF, de 49 anos, identificado como Genilson Deolindo Ferreira, tentou entrar na UTI para visitar o pai fora do horário de visita, não foi autorizado e, exaltado, deu voz de prisão a vigilantes e funcionários da unidade — ato considerado abusivo pela polícia .

O que aconteceu?

Tudo começou por volta das 23h30. O militar afirmou que queria ver o pai internado no terceiro andar da UTI, mesmo sabendo que o horário de visita já havia encerrado e que o paciente já estava acompanhado de outra pessoa. Ao ser barrado pela equipe de enfermagem, ele reagiu de forma exaltada, dando voz de prisão aos profissionais e ao vigilante do local.

Intervenção e consequências

O vigilante, intimidado, chamou a Polícia Militar do DF. Pouco depois, Genilson foi conduzido à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), onde um boletim de ocorrência foi registrado pelo crime de desacato, já que a voz de prisão foi considerada ilegal e abusiva.

O Corpo de Bombeiros confirmou que avaliará a conduta do sargento, embora ele esteja na reserva e não esteja em serviço no momento do incidente. Até o momento, não houve manifestação da defesa do militar.

O que isso significa?

  • Voz de prisão é uma prerrogativa legal de agentes públicos — policiais — e só pode ser aplicada dentro de regras específicas;
  • Ao usá-la de forma inadequada, um civil ou militar fora de serviço comete o crime de exercício arbitrário das próprias razões, ou abuso de autoridade, dependendo do caso;
  • O caso segue sob investigação, e os envolvidos devem prestar esclarecimentos à polícia.

Repercussão

O episódio reacende o debate sobre a atuação de agentes de segurança fora de serviço, o respeito às normas de atendimento hospitalar e o limite entre prerrogativas legais e abuso de autoridade. Além disso, levanta a discussão sobre os desafios enfrentados pelas equipes de saúde no controle de acesso e manutenção da ordem em áreas sensíveis como UTIs.

Em resumo

  • Um sargento da reserva foi impedido de entrar na UTI para ver o pai no Hospital de Base.
  • Ele reagiu dando voz de prisão a funcionários, o que resultou em desacato e condução à delegacia.
  • O Corpo de Bombeiros abrirá investigação interna e o caso seguirá sob análise da polícia.


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