Uma tragédia marcou a tarde de sexta-feira (5/12/2025) no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília. Um incêndio de grandes proporções atingiu o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), e, durante o rescaldo, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) encontrou o corpo carbonizado de uma militar, identificada como a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos.
A jovem havia ingressado no Exército em junho de 2025 e atuava como musicista da fanfarra do regimento, função que, segundo a corporação, desempenhava com dedicação e profissionalismo.
Incêndio e Operação de Socorro
O fogo começou no fim da tarde, por volta das 16h. Segundo o CBMDF, ao chegar ao quartel, as equipes se depararam com chamas intensas e grande quantidade de fumaça. A estrutura atingida continha material altamente combustível, o que facilitou a propagação do incêndio.
Para evitar que o fogo chegasse a edificações próximas, os bombeiros realizaram o resfriamento de áreas adjacentes e montaram rapidamente linhas de mangueiras para combate direto às chamas. Após controlar o incêndio, durante o rescaldo, os militares localizaram o corpo carbonizado da cabo no interior da edificação.
Reações Oficiais e Investigação
O Exército manifestou pesar pela morte da militar e destacou sua trajetória como marcada pela disciplina e dedicação. O Comando Militar do Planalto informou que a família está recebendo apoio e que um inquérito foi instaurado para esclarecer as circunstâncias do incêndio.
A investigação envolve o Batalhão de Polícia do Exército, a Polícia Civil do Distrito Federal e o próprio Corpo de Bombeiros. Os peritos devem apurar:
- a origem das chamas;
- possíveis falhas estruturais ou elétricas;
- a presença e o armazenamento de materiais inflamáveis;
- o cumprimento dos protocolos de segurança e prevenção de incêndios.
Até o momento, não há informações confirmadas sobre o que teria iniciado o fogo.
Quem Era a Cabo Maria de Lourdes
Com apenas 25 anos, Maria de Lourdes tinha uma carreira militar recém-iniciada, mas já reconhecida internamente. Ingressou no Exército no início de junho e integrava a fanfarra do regimento, onde atuava como musicista. A corporação ressaltou sua postura exemplar, comprometimento e espírito de serviço.
A morte precoce da cabo causa comoção entre colegas, familiares e membros da comunidade militar. Sua curta passagem pelo Exército é lembrada como promissora e destinada a crescer dentro da instituição.
Impacto e Repercussão
A tragédia reacende debates sobre segurança em instalações militares, especialmente no que diz respeito ao armazenamento de materiais inflamáveis e à manutenção das estruturas. Há também questionamentos sobre se os protocolos de prevenção e resposta a incêndios estavam atualizados e sendo devidamente aplicados.
Para a sociedade, a morte da jovem militar representa uma perda que transcende o ambiente institucional e se transforma em dor coletiva. A expectativa é que a investigação traga respostas claras e medidas que impeçam a repetição de episódios semelhantes.
A morte da cabo Maria de Lourdes Freire Matos em um incêndio dentro do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas expõe fragilidades importantes e impõe a necessidade de revisão dos padrões de segurança em quartéis. Enquanto as autoridades investigam as causas, familiares, colegas e a sociedade aguardam explicações e esperam que a tragédia resulte em mudanças efetivas.
A memória da jovem militar permanece como símbolo de dedicação e de uma vida interrompida de maneira abrupta e dolorosa.
Política ao Quadrado

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