Uma pesquisa da Unicamp divulgada em março de 2025 na revista GeroScience acompanhou 44 idosos com comprometimento cognitivo leve (MCI) durante seis meses. Quem fez treinamento de força moderado a intenso, duas vezes por semana, apresentou melhora de memória e preservou áreas cerebrais vulneráveis ao Alzheimer, como hipocampo e precuneus; o grupo sedentário teve perda de volume nessas regiões.
Os cientistas também observaram aumento na integridade da substância branca, sugerindo conectividade neural mais saudável. Esses resultados se somam a trabalhos anteriores que já associavam exercícios de resistência a ganhos cognitivos, como a revisão narrativa publicada em 2024 e o ensaio clínico SYNERGIC de 2023, no qual a combinação de treinamento aeróbico‑resistido e estimulação cognitiva sustentou melhorias por um ano em adultos com MCI.
Coloque em prática
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Frequência: agende duas sessões semanais, com descanso mínimo de 48 h entre elas.
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Exercícios-chave: agachamento, remada, supino, levantamento terra ou variantes em máquinas — sempre cobrindo pernas, tronco e braços.
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Progressão inteligente: 2–3 séries de 8–12 repetições com carga que exija esforço moderado‑alto (RPE 7–8). Aumente o peso gradualmente.
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Aquecimento e técnica: dedique 5 minutos a mobilidade e peça supervisão profissional para ajustar postura.
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Integre o estilo de vida: mantenha sono regular, alimentação balanceada e controle de pressão e glicemia — fatores que também reduzem risco de demência.
Dica da semana: se você não tem experiência, comece com exercícios de peso corporal (agachamento livre, flexão inclinada) ou elásticos de resistência e registre suas cargas. Ver a evolução no papel — ou no aplicativo — ajuda a manter a motivação e, de quebra, exercita a memória!
Na próxima Sexta da Saúde falaremos sobre outra estratégia simples para turbinar o bem‑estar. Até lá, bons treinos e cérebro ativo!
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