Guerra entre Israel e Irã começa com ataques aéreos e mísseis: entenda o conflito

Tel Aviv e Teerã voltaram ao centro do cenário internacional nesta semana, após uma escalada sem precedentes que colocou os dois países em confronto militar direto. A tensão, alimentada por anos de rivalidade e ameaças mútuas, se concretizou em ataques aéreos e retaliações que acendem o alerta para uma possível guerra de grandes proporções no Oriente Médio.

O que aconteceu?

Na madrugada da sexta-feira, 13 de junho de 2025, Israel lançou uma ofensiva militar inédita contra alvos estratégicos no Irã. A operação, batizada de "Rising Lion", incluiu bombardeios aéreos que atingiram instalações nucleares em Natanz e Fordow, bases da Guarda Revolucionária e até residências de cientistas nucleares e altos comandantes militares.

O governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, justificou a ação como uma resposta preventiva ao avanço do programa nuclear iraniano. Segundo autoridades israelenses, os alvos foram cuidadosamente escolhidos para "atrasar por anos" qualquer tentativa de Teerã de obter armas nucleares.

A resposta iraniana

Horas depois do ataque, o Irã retaliou com mais de 150 mísseis balísticos e 100 drones lançados contra o território israelense. As principais cidades atingidas foram Tel Aviv, Jerusalém e Haifa. Embora a maior parte dos projéteis tenha sido interceptada pelo sistema de defesa israelense, pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o ataque israelense foi um “ato de guerra” e prometeu uma “resposta contínua e devastadora”. Além disso, Teerã suspendeu as negociações nucleares que vinham sendo mediadas por Omã e com apoio indireto dos Estados Unidos.

Impacto internacional

O conflito gerou preocupação global imediata. A ONU, a União Europeia, o Reino Unido e a França emitiram notas pedindo cessar-fogo imediato. Os Estados Unidos, embora tenham negado participação direta na ofensiva israelense, prestaram apoio logístico à defesa aérea do país aliado.

China e Rússia se posicionaram a favor do Irã e pediram respeito à soberania iraniana, criticando o ataque preventivo de Israel. Já o mercado internacional sentiu o impacto com alta nos preços do petróleo, valorização do ouro e queda nas bolsas asiáticas e europeias.

O que está em jogo?

Esse é o confronto mais direto e grave entre Israel e Irã em décadas. A ofensiva israelense sinaliza uma mudança de postura: de contenção para ataque direto, o que pode ter repercussões duradouras na estabilidade da região. Há também preocupações nucleares reais, com especialistas temendo que o Irã, pressionado, acelere seu programa atômico.

Além disso, há o risco de regionalização do conflito. O Irã ameaçou atacar bases militares dos EUA, Reino Unido e França localizadas no Oriente Médio, o que poderia arrastar outras potências para o conflito.

E agora?

O cenário é de máxima tensão. Israel já afirmou que a operação pode durar "o tempo que for necessário". O Irã, por sua vez, promete continuar com ataques enquanto não houver “resposta proporcional”. Países vizinhos como Jordânia, Líbano, Síria e Arábia Saudita estão em alerta total.

Enquanto a diplomacia internacional tenta costurar algum tipo de contenção, o mundo observa apreensivo os próximos passos dessa crise que pode alterar profundamente os rumos da geopolítica global.



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