Nos últimos anos, o cigarro eletrônico, também conhecido como vape, se popularizou rapidamente, especialmente entre os jovens. Coloridos, com aromas adocicados e a promessa de serem “menos nocivos” que os cigarros tradicionais, esses dispositivos escondem um perigo silencioso que tem preocupado médicos e autoridades de saúde no Brasil e no mundo.
Apesar da aparência moderna, o cigarro eletrônico não é inofensivo. Segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso do vape pode causar danos severos ao sistema respiratório, cardiovascular e neurológico, além de aumentar o risco de dependência química devido à nicotina concentrada presente nos líquidos.
O que há dentro do cigarro eletrônico
Em 2019, um surto nos Estados Unidos chamou atenção: centenas de pessoas foram hospitalizadas com lesões pulmonares graves relacionadas ao uso de vapes — uma condição conhecida como EVALI (doença pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico).
Proibição e aumento do consumo
Consequências para a saúde
Entre os principais riscos do cigarro eletrônico estão:
- Dependência de nicotina, com sintomas de abstinência e ansiedade;
- Tosse crônica, falta de ar e irritação nas vias respiratórias;
- Aumento da pressão arterial e risco de infarto;
- Danos cerebrais em adolescentes, afetando memória e atenção;
- Possível risco de câncer, devido à exposição prolongada a metais pesados e compostos tóxicos.
Especialistas alertam
Para o pneumologista Dr. Ricardo Meireles, da Sociedade Brasileira de Pneumologia, “o cigarro eletrônico é um disfarce moderno para o vício antigo. Ele engana o usuário com a falsa ideia de segurança, mas traz os mesmos — e às vezes até piores — riscos que o cigarro comum”.

0 Comentários