Com base em informações de satélites, cientistas da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) identificaram áreas ao redor do mundo que podem se tornar impróprias para a vida humana nas próximas décadas devido ao aumento das temperaturas. O relatório aponta que partes do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil estão entre as regiões onde o calor extremo poderá dificultar a sobrevivência em cerca de 50 anos.
Além dessas áreas, o estudo liderado por Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, destacou outras regiões como sul da Ásia, Golfo Pérsico, Mar Vermelho, partes da China e sudeste asiático, onde combinações extremas de calor e umidade poderão tornar a habitação humana inviável.
A Nasa explicou que os meteorologistas utilizam diversas ferramentas para avaliar o estresse causado pelo calor, incluindo a temperatura de bulbo úmido. Esta temperatura indica o ponto mais baixo ao qual um objeto pode esfriar quando a umidade evapora dele. Quanto menor a temperatura de bulbo úmido, mais eficiente é a capacidade de resfriamento, influenciando diretamente na habilidade do corpo humano de regular sua temperatura em condições quentes e úmidas.
A agência espacial enfatizou que à medida que a temperatura de bulbo úmido se aproxima da temperatura interna do corpo humano, a capacidade de resfriamento diminui. Isso pode levar a desidratação e estresse nos órgãos, especialmente no coração, à medida que o sangue é redirecionado para a pele na tentativa de dissipar calor. Em condições extremas, esses efeitos podem ser fatais.
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