Os multivitamínicos, amplamente vendidos e disponíveis para todas as faixas etárias e gêneros, são promovidos como impulsionadores da saúde e vitalidade. No entanto, um estudo recente realizado pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA sugere que essas promessas podem não ser tão concretas.
Publicado na JAMA Network, o estudo analisou dados de saúde de mais de 390 mil adultos nos Estados Unidos ao longo de pelo menos 24 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: aqueles que não usavam multivitamínicos (178 mil pessoas) e aqueles que usavam regularmente (161 mil pessoas). A pesquisa revelou que o uso frequente de suplementos vitamínicos não oferece benefícios significativos para a saúde geral, incluindo a longevidade ou a qualidade de vida.
De fato, o estudo indicou que os usuários de multivitamínicos apresentaram até 4% maior risco de mortalidade precoce em comparação com os não usuários. A incidência de mortes por doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais também foi proporcionalmente maior entre os usuários de vitaminas, embora tenha sido observada uma ligeira redução nas mortes por câncer.
Os pesquisadores alertam que o uso desnecessário de multivitamínicos pode até mesmo aumentar o risco de intoxicações graves, que podem ser potencialmente fatais. Concluem que, na melhor das hipóteses, os multivitamínicos são irrelevantes para a manutenção da saúde, apesar de os usuários geralmente apresentarem dietas de melhor qualidade e índices de massa corporal mais baixos.
Embora os resultados devam ser interpretados considerando as diversas variáveis de saúde entre os participantes, o estudo sugere que a suplementação com vitaminas deve ser cuidadosamente avaliada para evitar potenciais danos à saúde.
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