O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, declarou hoje que ainda não há falta generalizada de combustíveis nas áreas do Sul do país afetadas pelas chuvas. Ele mencionou que algumas medidas estão sendo tomadas para assegurar o suprimento. A Associação que representa as principais distribuidoras de combustíveis informou que está trabalhando sem interrupção para garantir o abastecimento na região, apesar das estradas bloqueadas e cidades isoladas que têm exigido ajustes na logística.
Segundo Saboia, até esta manhã, a ANP recebeu apenas relatos de problemas isolados e não há registros de escassez generalizada. Ele destacou que o suprimento de petróleo para as refinarias via dutos continua normalizado, mas há dificuldades na entrega de etanol e biodiesel, que dependem do transporte por caminhões.
Por isso, a ANP decidiu flexibilizar temporariamente a exigência de mistura obrigatória de biocombustíveis nos derivados de petróleo. Atualmente, a gasolina vendida no Brasil contém 27% de etanol, enquanto o biodiesel compõe 14% do diesel comercializado nos postos. A agência autorizou empresas a comercializarem gasolina com até 21% de etanol e diesel com até 2% de biodiesel, dependendo das condições de abastecimento de cada região. Além disso, empresas estão autorizadas a usar capacidade adicional em tanques de armazenamento sem homologação prévia.
O governo montou um grupo de acompanhamento da crise em colaboração com empresas do setor, e novas medidas poderão ser anunciadas conforme necessário. O IBP, que representa as maiores distribuidoras, informou que as empresas mobilizaram recursos como embarcações e helicópteros para auxiliar no resgate das vítimas e estão fornecendo combustíveis para as autoridades atuarem no enfrentamento da crise.
A Petrobras também enviou combustíveis e equipamentos para apoiar as operações das autoridades. A situação no Rio Grande do Sul após as chuvas inclui 83 mortes, 111 desaparecidos, 291 feridos, 873.275 pessoas afetadas, 20.070 desabrigados e 129.279 desalojados.
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