Os alunos da Escola Fundamental (CEF) 418 em Santa Maria enfrentam problemas de falta de livros didáticos. De acordo com a coordenação da escola, mais de 150 estudantes não receberam os livros que deveriam ter sido fornecidos pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) no início do ano letivo de 2024. Esta escassez afeta não apenas o CEF 418, mas também outras escolas em Santa Maria e em diferentes regiões do Distrito Federal.
Especificamente no CEF 418, os alunos do 5º e 4º anos são os mais prejudicados, pois estão sem livros de geografia, história, ciências e matemática. Para contornar a situação, os professores elaboraram apostilas que foram distribuídas aos estudantes. Dos 200 alunos do 5º ano, 60 não receberam os livros principais e estão utilizando as apostilas da escola. No 4º ano, 90 alunos estão na mesma situação, com falta de materiais adequados e dependendo das apostilas para estudar. Além disso, 35 alunos do 4º ano também não receberam os livros de matemática, e houve escassez de cadernos de atividades para essas séries.
Weslei Garcia, coordenador do CEF 418, expressou preocupação com a falta de previsão da SEEDF para a entrega dos livros em falta. Ele mencionou que o problema não se limita ao CEF 418 e é sentido em outras escolas do DF, como Taguatinga, Plano Piloto, Cruzeiro, São Sebastião e Gama. Garcia enfatizou que, embora a falta de livros seja recorrente a cada ano, a situação de 2024 é especialmente grave, levando a escola a produzir suas próprias apostilas sem apoio financeiro da Secretaria de Educação.
Os professores, em colaboração com a coordenação, compilaram os conteúdos para as apostilas, que são uma tentativa de minimizar os impactos negativos no ensino. No entanto, Garcia destacou que essa solução improvisada não substitui a necessidade de livros adequados, e sublinhou a responsabilidade do governo em resolver o problema de forma estrutural.
Os pais também expressaram frustração com a situação. Janaína Amaro, mãe de uma aluna do 5º ano, criticou o descaso do governo com a educação, afirmando que a falta de livros é injustificável, dado o papel crucial que desempenham no aprendizado dos alunos.
Em resposta ao Jornal de Brasília, a SEEDF informou que está ciente da situação e que medidas estão sendo tomadas para resolver o problema, incluindo orientações às escolas sobre como solicitar recursos adicionais através do PDDE interativo.
Assim, a falta de livros didáticos continua a ser um desafio significativo para o CEF 418 e outras escolas do Distrito Federal, afetando negativamente o ensino e exigindo soluções imediatas por parte das autoridades educacionais.
Política ao Quadrado
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