Saúde mental em risco: como o uso excessivo de redes sociais afeta adultos e jovens

Se você percebe que passar muito tempo no celular ou nas redes sociais está afetando seu humor, sono ou rendimento no trabalho ou nos estudos, não está sozinho. Especialistas apontam que o uso contínuo e excessivo de plataformas digitais pode desencadear ansiedade, insônia, baixa autoestima e síndromes de burnout — e que a situação tem se agravado entre jovens e adultos.

O que as pesquisas mostram

  • Usuários que passam mais de 3 horas por dia em redes sociais têm maior probabilidade de relatar sintomas de ansiedade e depressão.
  • Adolescentes que acessam dispositivos antes de dormir têm sono de pior qualidade, mais interrupções e menor tempo de sono profundo.
  • A chamada “comparação social” — ver fotos ou vídeos de outras pessoas vivendo “vidas perfeitas” — está associada a sentimento de inadequação, autoestima baixa e mesmo tristes-previsões sobre o futuro.

Por que isso acontece

  • O cérebro humano responde a estímulos constantes: likes, notificações, vídeos curtos provocam liberar dopamina — o “hormônio do prazer” —, gerando ciclo de busca por mais.
  • A luz azul emitida por telas perturba a produção de melatonina, hormônio regulador do sono, resultando em dificuldade para dormir ou sono interrompido.
  • O conteúdo constante e muitas vezes negativo ou altamente editado gera estresse psicológico e sensação de que “ninguém está fora” desse padrão idealizado.

Estratégias para usar as redes sociais com saúde

  • Estabeleça horários fixos para acesso às redes sociais e ative o modo “não perturbe” ou silencioso fora deles.
  • Use o celular com consciência: reflita se você está usando por desejo ou por impulso/rotina.
  • Substitua parte do tempo digital por atividades relaxantes: leitura, caminhar ao ar livre, exercício leve.
  • Antes de dormir, desligue as telas pelo menos uma hora antes, para facilitar o sono e a hidratação das vias respiratórias.
  • Se notar alterações persistentes no humor, sono ou produtividade, busque apoio psicológico — um profissional poderá ajudar a redirecionar o uso da tecnologia de forma saudável.


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