Explosão em subestação na Esplanada deixa feridos e gera apreensão

Ontem pela manhã (25/11/2025), uma explosão em uma subestação de energia provocou pânico e ferimentos no Bloco C da Esplanada dos Ministérios — prédio em Brasília que abriga diversos ministérios, entre eles o Ministério da Igualdade Racial.

De acordo com nota do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o incidente teve início durante um serviço de manutenção realizado por uma equipe terceirizada da CEB Ipês. Informações preliminares apontam que um curto-circuito na subestação — localizada na área externa do lado oeste do bloco — provocou a explosão.

Imediatamente após a explosão, houve princípio de incêndio e emissão de fumaça, o que obrigou a evacuação do edifício. O combate inicial das chamas coube à brigada de incêndio do prédio, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que rapidamente isolou a área. 

Vítimas e socorro

O impacto do acidente foi, no mínimo, grave. Segundo os relatos:

  • Um dos trabalhadores terceirizados — que atuava diretamente no gerador da subestação — sofreu queimaduras em cerca de 60% do corpo; ele é a vítima mais grave. 
  • Outras duas pessoas também tiveram ferimentos: uma delas sofreu ferimentos leves, a outra foi intoxicada pela fumaça. 
  • No total, aproximadamente 27 pessoas receberam atendimento no local. A maioria teve sintomas leves de inalação de fumaça. 
  • Seis pessoas, além do ferido grave, foram encaminhadas ao hospital — três delas eram os trabalhadores envolvidos diretamente no incidente. 

Testemunhas relataram cenas de pânico. Uma funcionária, ao descrever o momento da explosão, lembrou que a fumaça subiu “rapidamente, em questão de segundos” e que algumas pessoas chegaram a ficar presas em elevadores. Outras conseguiram evacuar pelas escadas de emergência. 

Reação institucional e medidas emergenciais

Em nota oficial, o MGI confirmou a explosão e explicou que o fogo foi rapidamente controlado. A subestação será objeto de investigação para determinar as causas — se falha técnica, erro humano ou outro fator. O Ministério explicou também que, por precaução, orientou os servidores lotados nos seis ministérios do Bloco C a manterem suas atividades em regime de teletrabalho enquanto a situação se normaliza.

Apesar da gravidade do incidente, informou-se que não há comprometimento estrutural no edifício. Ainda assim, o fornecimento de energia foi temporariamente interrompido. A área permanece sob monitoramento das autoridades competentes.

A empresa responsável pela manutenção, segundo nota da CEB Ipês, afirmou que os trabalhadores usavam todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) recomendados. A companhia declarou que acompanha de perto o estado de saúde do trabalhador mais gravemente ferido e que a situação na subestação já está “totalmente controlada”

Impactos e o que está em jogo

O episódio reacende alertas sobre a segurança das instalações elétricas em prédios públicos — especialmente locais de alta circulação e importância administrativa, como os prédios da Esplanada. Mesmo com EPIs e protocolos de segurança, o risco se manifestou de forma dramática.

Além disso, revela a importância da manutenção preventiva e da vistoria periódica nesses sistemas essenciais, para evitar falhas elétricas e acidentes. A evacuação rápida e a atuação dos serviços de emergência foram fundamentais para evitar um impacto ainda maior — mas o caso evidencia vulnerabilidades nas infraestruturas que suportam a administração pública.

Para funcionários e trabalhadores terceirizados, o episódio levanta questionamentos sobre as condições de segurança no trabalho, treinos de emergência e responsabilidade das empresas contratadas.

O que acompanhar

Nos próximos dias, será importante acompanhar:

  • Os resultados da investigação técnica para identificar a causa exata da explosão — curto-circuito, falha humana, problema de manutenção ou projeto, por exemplo.
  • A evolução do quadro de saúde dos feridos, especialmente da vítima com queimaduras graves.
  • As justificativas da empresa contratada pela manutenção (CEB Ipês) e eventuais medidas adotadas para revisar procedimentos de segurança em subestações.
  • Possíveis revisões de normas internas para manutenção, segurança e evacuação em prédios públicos — visando evitar acidentes similares no futuro.


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