Plantas Subaquáticas Tomam Área do Lago Paranoá, Mas Não Afetam Qualidade da Água, Afirma Caesb

Uma área do Lago Paranoá foi tomada por plantas subaquáticas, criando uma camada verde na água. Espécies como "alface d'água", "orelha de rato" e aguapé cobrem uma parte do lago, especialmente nas proximidades do Deck Sul, o que gera uma aparência pouco agradável para quem observa a área ao redor do Parque Deck Sul e da Ponte das Garças.

De acordo com a Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), essas plantas não representam risco para o banho ou para as atividades esportivas realizadas no Lago Paranoá.

O bombeiro militar Anderson Resende, de 43 anos, visitou a orla do Deck Sul pela primeira vez durante o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, acompanhado de sua família. Morador de Águas Claras, ele se surpreendeu com a aparência do lago e comparou com outras áreas mais limpas que conhece.

O engenheiro ambiental Ícaro Weis, de 34 anos, também aproveitou o feriado para caminhar pela orla e alertou sobre os possíveis impactos dessa vegetação. "Há muita matéria orgânica na água. Se essas plantas se espalhassem por todo o lago, a falta de luz impediria as algas de liberar oxigênio suficiente para a fauna aquática. Isso poderia levar à morte de peixes e iniciar um processo de eutrofização", explicou.

A eutrofização é um fenômeno natural ou provocado pela ação humana, caracterizado pelo acúmulo excessivo de nutrientes e matéria orgânica na água, que favorece o crescimento descontrolado de algas e pode reduzir a oxigenação do ambiente aquático, prejudicando a vida marinha.

A Caesb, por sua vez, afirmou que o fenômeno observado no lago é resultado do ciclo natural de chuvas no Distrito Federal. O assoreamento, que ocorre devido ao acúmulo de sedimentos e outros materiais como lixo, reduziu a profundidade de alguns trechos do lago, favorecendo a proliferação de plantas aquáticas como a pistia (alface d'água) e a salvínia (orelha de rato).

A empresa explicou que a proliferação dessas plantas tende a ocorrer durante a estiagem, quando há maior incidência de Sol. Com o início da temporada de chuvas, o aumento no fluxo de água ajuda a dispersar as plantas pelo lago.

A Caesb também informou que, apesar da presença dessas plantas afetar a estética do lago, não há impacto na qualidade da água. A remoção das vegetações aquáticas é realizada com o auxílio do barco Papa-Aguapé, que atualmente está em manutenção aguardando a chegada de peças importadas.

Por fim, a companhia destacou que monitora continuamente a qualidade da água do Lago Paranoá e garantiu que o ecossistema do local permanece equilibrado, evoluindo ao longo dos anos.


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